quinta-feira, 10 de julho de 2008

Uma carta a ela

Vitória,ES 8 de Maio de 2008
Boa Noite,

Não sei se me conhece bem, se sabe meu nome, ou talvez nunca tenha escutado falar de mim. Nem quem eu sou, de onde eu vim ou para onde eu vou. Desconheça meus defeitos ou qualidades. Meus sonhos ou pesadelos. Meu tipo físico e desejos. Mas uma coisa consegue como ninguém: desestabilizar a minha vida.
Afinal, foi você quem fez com que eu ficasse por horas olhando para o nada, voando alto em meus pensamentos. Indo e vindo em lugares até então desconhecidos para mim. Fora as olheiras que me ficaram por noites e noites que passei sem dormir, tentando achar uma solução para conviver com a sua presença em minha vida. E lutando para que você não viesse a fazer morada no meu peito.
Você, em alguns momentos, foi a responsável por tamanha felicidade existente em mim. O sorriso não precisava de muito esforço para surgir, as mãos suadas e inquietas, borboletas viviam a passear na minha barriga. Ficar em pé, que tarefa difícil, já que as pernas não paravam de tremer. Sensações jamais experimentadas antes tomaram conta do meu ser.
Pois é, foi a senhorita a responsável pela minha cara de boba em diversas situações, pelos quilos a menos em minha silhueta, por mudar a minha perspectiva do mundo e querer fazer parte desse mundo cor de rosa choque que estava enxergando.
Gosto muito de viver em sua companhia, ela me faz bem e mais feliz. Mas se for para viver nesse constante desencontro é melhor ir embora de vez e me deixar em paz. Tirar todo e qualquer vestígio seu da minha vida e ir sem sequer olhar para trás. Mas por favor, se fizer isso, não me peça para voltar senhorita paixão.



Ivi Rafaela Caldeira Ramos